O contato com o arame surgiu de forma inusitada na vida de Alexandre Stefani, mas o gosto por design já o acompanhava há muitos anos. Formado em desenho industrial pela Faap e em moda pelo Senac/Esmod, ele fez nesta época alguns trabalhos com acessórios únicos e de materiais variados como: murano, sementes, pedras e resinas.
O que chamou sua atenção referente ao arame foi a possibilidade de, através da linha, desenhar no ar e transformar estes desenhos em esculturas.
Dos Ikebanas abstratos e geométricos que lembravam Alexander Calder (artista que criava móbiles) às plantas figurativas, foi um pulo e o caráter de representação da natureza através da linha no ar tomou fôlego.
O alumínio representa o urbano, o industrial, o homem contemporâneo e alia-se a elementos naturais depois as pedras e finalmente a madeira, de maneira que aos poucos esse material começa a florescer e brotar destes elementos da natureza bruta. As árvores foram um caminho natural, as pedras viravam montanhas e rochedos, além de fragmentos de troncos usados como base para toda a paisagem. A matéria prima é resgatada de represas, pastos e sobras de marcenarias ou resquícios florestais e o caráter crítico e o viés ambiental se tornam cada vez mais presentes.